21 de dezembro de 2011

Contentamento - Santosha

Mahavidya Yoga 
deseja a todos que 2012 
seja repleto de Contentamento!

Yoga Sutra II.42
A partir do contentamento [santosha],
alcança-se a suprema felicidade.  
Yoga Sutra II.42

26 de novembro de 2011

As Deusas Mahavidyas e a Sabedoria Feminina

Na palestra veremos as faces da feminilidade através de 10 deusas indianas, conhecidas como As Grandes Sábias, Mahavidyas. O poder, shakti, personificado em características complexas na mitologia de deusas, ora
belas e radiantes, ora terríveis e assustadoras, que abrangem as diferentes fases e humores da mulher. Desde
a adolescente Shodashi, passando pela madura Bhuvaneshvari e a idosa Dhumavati.
Aspectos complexos das devis independentes, acolhedoras, furiosas, sensuais, decadentes, que expressam as grandes forças cósmicas, contados através dos mitos e símbolos iconográficos de cada uma delas.

Palestrante: Flavia Venturoli Miranda

Yoga Para Todos
Professor Fernando Antonio Nogueira Wanderley

Casa Amarela Yoga
Rua Carlos Chagas, 69 - Aclimação
São Paulo SP
Próximo ao metro Paraiso

Dia 3 de dezembro de 2.011 - das 15h as 17h.

Maiores Informações e Reservas
Tel. (11) 3938.8816 e 9726.8816
circozen@yahoo.com.br
casaamarelayoga.blogspot.com

18 de novembro de 2011

Halasana

Postura do Arado
halasana  [halAsana] - postura do arado
hala [hala] - arado
de Flavia Venturoli de Miranda
2011
O arado é um instrumento agrícola que serve para revolver e sulcar a terra, que fica fofa, arejada e ensolarada. O solo, assim rasgado pelo arado, facilita o enraizamento da semente e a irrigação.
Sua invenção tem a data estimada em 6.000 aC e talvez tenha se dado na civilização do Vale do Indus.
Arado manual
O arado é uma das ferramentas mais marcantes da humanidade, pois graça a sua invenção começou haver excedente de alimentos e a população humana disparou em crescimento, formando cidades e iniciando o comércio. É um símbolo da mudança do homem nômade, caçador-coletor, para o sedentário, agricultor e pecuarista. A domesticação de animal da pecuária trouxe o incremento da aração por tração animal.

Arado de tração com bufalos
A relevância do arado na mitologia da Índia podem ser podem ser vista nas lendas da Sita [sItA], esposa do deus Rama [rAma] e de Balarama [balarAma], irmão do deus Krishna [kRRiSNa].
Os irmãos Krishna e Balarama
 Sita brota da terra sulcada pelo arado do rei Janaka [ ] quando fazia um ritual para ter um filho. Ela foi adotada por ele e por sua esposa  Sunayana [ ]. Por este motivo, Sita está associada a Bhumi Devi [bhUmI devI], a deusa da terra e é a protetora da agricultura. Sita é uma avatara de Lakshmi [lakSmI avatAra], a deusa da prosperidade, é esposa do deus Rama, que é o 7º avatar de Vishnu [viSNu]. Ela é o símbolo da feminilidade e da esposa fiel. Sua história é contada no épico Ramayana [rAmAyaNa].
Janaka encontra Sita ao sulcar a terra com o arado
Balarama é o irmão mais velho do deus Krishna (8º avatar de Vishnu). Outro nome para ele é Halayudha [halAyudha], aquele que porta o arado como arma. Conta a lenda que a deusa rio Yamuna [yamunA] desacatou um comando de Balarama, que furioso usou sua arma arado, hala, e abriu vários braços afluentes para o rio, dragando e desviando o curso da água, irrigando uma grande área do norte da Índia.
Balarama draga o rio Yamnuna criando afluentes
Yamuna percebendo sua negligência perante a esse deus tão poderoso, pediu desculpas e o referenciou. A partir de então, Balarama é reverenciado nos vários tributários do rio Yamuna. 

Yamuna pede desculpa a Balarama
Essa região altamente irrigada, parte da planície gangética é tão próspera que foi berço que grandes dinastias e impérios da Índia.
tributários do rio Yamuna
 Assim, podemos associar o arado ferramenta e arma de prosperidade com a postura do arado, halasana, como uma maneira de tornarmos prósperos. O arado é uma arma porque sua lança fende, fere a terra e de forma lancinante prepara, revolve, irriga e lavra o cultivo. De tal modo ao cultivamos nossa prosperidade com a prática da postura do arado.

O halasana é um viparita [viparIta], uma postura invertida, como tal, não desperdiçar o amrita [amRRita], a imortalidade. Fisiologicamente, nessa postura trabalha-se fortemente com o alongamento das colunas cervical e torácica. Facilita a circulação venosa das pernas e aumenta a irrigação cerebral. Por isso mesmo deve ser alcançada paulatinamente e com cautela. É contra-indicada para pessoas com glaucoma ou que estão passando por cefaléia ou aumento da pressão sanguínea.

Variações:
Halasana na parede, quando se inicia a postura em viparita, ou no final para apoiar os pés na parede.

Há muitas variações com os braços:
com as mãos apoiadas nas costelas posteriores;
com os braços pelas costas apoiados no chão com os dedos entrelaçados;
os braços esticados acima da cabeça, segurando os dedos dos pés – urdhva pashchimottanasana [Urdhva pashcimottanAsana]
abraçando as coxas.

halasana variações com uma perna no chão e outra apontado para o alto, ekapada sarvangasana [ekapAda sarvA~ngAsana]

com torção como parshva halasana [pArshva halAsana], quando as duas pernas viram para um dos lados.
com as pernas afastadas em urdhva kona halasana [UrdhvakoNahalAsana]
 

Fonte:
halasana [halAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar
parshva halasana [pArshva halAsana] -
Light on Yoga – B.K.S. Iyengar
urdhva pashchimottanasana [Urdhva pashcimottanAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar

akunchanasana [Aku~ncanAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar

karnapidasana [karNapIdAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar

Fontes históricas:
Segundo Encyclopaedia of Traditional Asanas – Dr. Gharote – Lonavla

14 de novembro de 2011

Uma Viagem pelas Filosofias da Índia

Vamos viajar pela geografia, história e filosofias da vasta cultura indiana. Índia de belezas milenares e mitológicas. Sabedorias ancestrais que nos encantam como se fossem novidades. Sua diversidade cultural na dança, música, arquitetura, literatura que recebeu influências de vários povos autóctones e estrangeiros.

Veremos as principais filosofias e as religiões nascidas na Índia. A relação do Yoga e a religião. O Hinduísmo monoteísta e politeísta. Quem é Brahman, quem são Vishnu, Shiva, Lakshmi, Kali. O que é o Om? Como se inserem no contesto indiano os conceitos de karma, dharma, moksha. Quais as visões indianas dos chakras, asanas, meditação, mantras e mandalas.

A Índia no século XXI e as diferenças culturais com o ocidente.

Palestrante: Flávia Venturoli de Miranda
Datas: 11 e 18 de novembro - sextas-feiras
19h30 as 22hs

Realização: Núcleo de Yoga Ganesha
www.nucleodeyogaganesha.com.br
Local: Rua Ferreira de Araujo, 449 - Pinheiros
Tel: (011) 3819.3283



1 de outubro de 2011

Prece à Divina Mãe



Prece à Mãe Divina
Craig Pruess e Ananda
01/10/2011

Devi Prayer

do Album Sacred Chants of Devi - 108 Sacred Names of Mother Divine

Prece a Deusa

"Devi Prayer" do album Sacred Chants of Devi - 108 Sacred Names of Mother Divine" de Craig Pruess e Ananda

Ma Amba Lalita Devi

Parashakti Sundari

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Mahamaye Mangale

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Mahakali Bhairavi

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Mahalakshmi Vaishnavi

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Ma Sarasvati Brahmi

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Durga Devi Shankari

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Uma Parvati Shive

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Ma Bhavani Ambike

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Annapurna Lakshmi Ma

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Kamala Katyayani

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Tvam Tripura Sundari

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

23 de setembro de 2011

Navasana


Postura do Barco

Navasana
[nAvAsana]
nava [nAva] – nave, navio, nau, barco
 de Flávia Venturoli de Miranda 


Outro nome para esse asana é nau asana ou naukasana [naukAsana], cujo o significado é idêntico.
Na postura do barco, navasana, o abdômen é o protagonista, pois é com a contração de seus músculos que se sustenta a coluna e as pernas inclinadas, formando o casco em V de um barco. Mas atenção não se apóie sobre o sacro, mas sim sobre o cóccix. Outro equívoco é a transferência do esforço do abdômen para o pescoço. O pescoço, rosto e pernas devem permanecer relaxados e leves, contendo o trabalho apenas no abdômen. Alongar a coluna e o pescoço (pela nuca) auxiliam a permanência correta deste asana [Asana] de equilíbrio.

O trabalho intenso do abdômen estimula o fogo gástrico, jatharagni [jATharAgni], responsável pela assimilação dos nutrientes. O fortalecimento dos músculos abdominais auxiliam na sustentação da coluna verticalizada e por isso evitam as lombagias, quando acompanhado de alongamentos da lombar.
O barco, o návio, a nau, a embarcação são meios de transporte sobre águas e carregam a simbologia da travessia. Se usarmos a simbologia de água como emoções, o barco nos auxilia na travessia das emoções, nem sempre tranquilas, nem sempre revoltas, mas na maioria da vezes são propulsoras das ações, como as correntezas para um barco. 

Para um barco, durante uma travessia, não ficar a deriva das águas (das emoções) é preciso assumir o leme e ser o capitão. É isso que penso quando ao fazer o navasana concentro-me nos 3 chakras [cakra] inferiores: muladhara [mUlAdhAra] (o suporte da base) ou seja  a quilha do barco; svadishthana [svAdiSThAna] (a posição de si) a carena, o bojo do casco e manipura [maNipUra] (a cidade da jóia) a borda do casco, que dá para o convés. Sem esses suportes firmes torna difícil a travessia no alto mar quando se vai explorar a si mesmo.

Variação:
Há inúmeras variações para essa postura, desde segurar os pés com as mãos, a fazer o ângulo mais aberto com as mãos apoiadas na nuca. É possível fazer com apenas uma perna por vez, enquanto a outra fica flexionada e o pé apoia no chão. Como também com as mãos apoiadas no chão logo atrás do quadril.


Fonte
navasana
[navAsana] no Vinyasa Yoga – Srivatsa Ramaswami – Marlowe
                               no Ioga e Saúde – Selvarajan Yesudian - Cultrix

Fonte Histórica
naukasana [naukAsana] segundo a Encyclopaedia of Tradicional Asanas – Dr. M. L. Gharote – Lonavla é citado no Kapala Kurantaka Hahtabhyasa Paddhati  [kapAla kuraNTaka haThAbhyAsa paddhati] 11.

 

10 de setembro de 2011

Curso e Vivência: As Deusas Mahavidyas e a Sabedoria Feminina

 ATENÇÃO NOVO HORÁRIO

As Mahavidyas formam um conjunto de 10 deusas indianas com propriedades incomuns para nós ocidentais. É o poder (shakti) personificado em características complexas de deusas, ora belas e radiantes, ora terríveis e assustadoras, que abrangem as diferentes fases e humores da mulher. É o gênero que dá forma, sustenta e reabsorve o universo; abraça os opostos e nada exclui.

O Núcleo de Yoga Ganesha oferece, a partir de 14/10/11, curso e vivências com 4 aulas sobre as Mahavidyas para apresentar profundamente as deusas chamadas de Grandes Sábias e experienciar seus conhecimentos. Teremos os mitos do conjunto de deusas e de cada uma em particular, conheceremos detalhes da iconografia e analisaremos suas simbologias. Mergulharemos no universo de 10 facetas da feminilidade liberta, sem dogmas, através dessas deusas hindus.

Os aspectos complexos dessas deusas independentes, duais, acolhedoras, furiosas, sensuais, que expressam as grandes forças cósmicas, ensinam-nos uma sabedoria ativa e altiva de transformação. Mostra que a multiplicidade como aspectos da Totalidade. Assim, ao entrar em contato com uma das Mahavidyas pode-se alcançar objetivos práticos como a libertação suprema, moksha. Nisto reside suas sabedorias: a de viver o mundo concreto e transcendê-lo.

Ministrado por: Flavia Venturoli Miranda
Data:                14, 21 e 28 de outubro e 4 de novembro de 2011
                        19h30 as 22h

Realização: Núcleo de Yoga Ganesha
                  www.nucleodeyogaganesha.com.br
Local:         Rua Ferreira de Araujo, 449 – Pinheiros
Tel:             (011) 3819.3283 – para maiores informações



6 de setembro de 2011

Um dia entre amigas fazendo os Ritos Tibetanos

O dia estava maravilhoso. Ensolarado, quente (mas não em demasia). Profª Silvia e eu ansiosíssimas pela estréia de eventos do Mahavidya Yoga. Apesar de estarmos acostumadas a dar aulas e palestras, não haviamos estreado aqui no Mahavidya Yoga. Literalmente, vestimos a camisa!

Profª Silvia
Mahavidya Yoga
Palestrante do Workshop: Ritos Tibetanos
Profª Flavia
Mahavidya Yoga
De manhã, viemos cedo para arrumar tudo. Os maridos ajudaram. Meu marido, Walter, já havia feito um móvel para elevar o monitor, e o Igor, marido da Silvia, veio instalar o monitor com o notebook.

Tudo pronto, voltamos a tarde para o Workshop:Ritos Tibetanos.


Aqui no Mahavidya Yoga, sempre trabalhamos em pequenos grupos de até no máximo 3 alunos. Dessa forma intimista, também foi o workshop. A palestrante Profª Silvia Lopes Barbosa, eu, Mari, Beth, Lenita e Gisele.

Profª Silvia e Mari

A apresentação da Profª Silvia foi ótima, informativa, leve, divertida e prática. Sou suspeita (eu sei), mas as participantes também gostaram.

As Narayanetes Lenita, Beth e Gisele.
  Os Ritos Tibetanos são conhecidos como a fonte de juventude. O processo de rejuvenescimento foi tão secreto (as portas fechadas) que não fotografei. Enquanto isso, preparei a comemoração antecipada do meu aniversário cortando o bolo. Só sei que todas voltaram mais jovens prontas para comer guloseimas como fazem as crianças.



Parabéns para a Profª Silvia que fez um belo trabalho.Obrigada as meninas por participarem. Foi ótimo passar essa tarde juntas.

O próximo evento aqui no Ipiranga, em novembro, será a 
PALESTRA: AS DEUSAS MAHAVIDYAS E A SABEDORIA FEMININA. 
Aguardem!

beijos

Flávia

27 de julho de 2011

Workshop: Ritos Tibetanos

Os Ritos Tibetanos são conhecidos como Exercícios da Fonte da Juventude, são uma sequência que trabalha a energia dos chakras e, por isso, acredita-se que mantém o corpo jovem e saudável.

Neste Workshop, os participantes terão a oportunidade de conhecer a história dos Ritos Tibetanos e praticá-los sob a orientação da Professora Silvia Lopes Barbosa do Mahavidya Yoga.
Participe!

Inscrições pelos telefones:
(11) 8364-2688 / (11) 8430-8509
mahavidya.yoga@yahoo.com.b​r

Sábado, 27 de agosto de 2011 - as 15 horas
Mahavidya Yoga
Rua Dona Leopoldina, 239
Metrô Alto do Ipiranga
São Paulo, SP






26 de julho de 2011

Kamala Dhyanam



compositor: Muthuswami Dikshitar

Kamala Mahavidya
Kamalambika,
Você é a envolvente realizadora dos desejos que protege aqueles que se abrigam em você.
É a forma de Chandika, uma dos aspectos das 10 shaktis conhecidas como Dasha Mahavidya.
Você usa a bela roupa vermelha, representando rajoguna, necessário para as atividades do mundo.
Você segura o papagaio em sua mão, assegurando assim aos devotos que você vai destruir a ignorância.
Peço que me proteja.

Brahma (kamalasana) e os outros deuses adoram Seus pés de lótus (kamala pada).
Você concede muitas bênçãos.
Mora em toda a sua grandeza no Tirtha Kamalaya e ali outorga glória incomparável.
Você é sempre Benevolente (shiva) e é o Oceano de Compaixão.
Você é a Governante do Universo .
Você tem a forma da Melodia na Música. Concede habilidades poéticas.
Você é a Bela (Sundari) que causa ilusão, mas que não é iludida.
Você remove o terrível erro humano, de se identificar com seu corpo, concedendo, assim, videha mukti.
Você é a Única de quem os elementos dão início, o akasha e os demais emanam.
Seus graciosos pés, que concedem a Felicidade Suprema, são maravilhosos e indescritíveis.
Você brilha em vermelho.
Você é a Única de onde todos se manifestam em todos os graus de poder do menor para o maior.
Você é o instrumental que dá forma ao guru secreto.
Você é a forma interior de Sada Shiva, pois, realmente, é a própria Verdade Suprema,
Você é a própria personificação das 50 letras que formam a raiz de todos os mantras.
Você é a Única que é Ilimitada, Indivisível, Néctar perene.
Oh, Mãe do Universo, peço que me proteja!


24 de julho de 2011

Matangi


Shyamaladandakam 1-4

Matangi Devi

                              Tocando uma vina cravejada de rubi, em êxtase,
                              desfruta de uma fala doce,
                              desse modo, lembro da filha do sábio Matanga,
                              que tem o corpo tenro com cor de esmeralda escura.

                              Tem 4 braços, usa uma lua crescente como jóia,
                              com seios firmes untados com o pó vermelho do kumkum,
                              carrega um arco de cana-de-açúcar, um laço,
                              um gancho e fechas de flores em sua mão,
                              eu saúdo aquela que é a Mãe do Universo.

                              Mãe cor de esmeralda escura, Matangi,
                              abundante na alegria e auspiciosa,
                              deixa seu olhar cair sobre nós,
                              você que vive na floresta de êxtase.

                              Vitória para filha do sábio Matanga,
                              que tem a cor de um lótus azul escuro,
                              vitória para o néctar de todas as músicas,
                              vitória para ela que ama o papagaio brincalhão

16 de julho de 2011

Bagalamukhi

Ganapati muni,
Uma Sahasram 38.17
 
Bagalamukhi Devi

                                                            Ó Mãe, o poder de parar todas as coisas
                                                            do microcosmo e do macrocosmo,
                                                            é seu singular grande poder como Bagala.

15 de julho de 2011

Dhumavati

Ganapati muni,
Uma Sahasram 38. 13-14

Dhumavati Devi

                              Percebida como vácuo, como forma dissolvida da consciência,
                              quando todos os seres são dissolvidos no sono do supremo Brahman,
                              após engolir o universo inteiro,
                              os Rshis chamam-na de Dhumavati, a mais gloriosa e mais idosa.

                              Ela existe na forma do sono, da falta de memória, da ilusão e da demência
                              nas criaturas imersas na ilusão do mundo,
                              mas entre os yogis, ela se torna o poder de destruir todos os pensamentos,
                              de fato, o ela é o próprio samadhi.

13 de julho de 2011

Bhairavi Stotra


Hino à Bhairavi

Postado por Yogendra Nath Yogi

Bhairavi Devi
1. Eu cultuo Você, ó Tripura, para receber o fruto de meus desejos. Cantando hinos, os homens alcançam Lakshmi que é o objeto do culto dos devas.

2. Você é a origem do mundo e, ainda assim, Você mesmo não tem origem, apesar de existirem cem hinos em Sua honra. Mesmo Brahma, Vishnu e Maheshvara não sabem que você é a Mãe de todos os shastras. Nós veneramos Seus seios brilhantes untados com açafrão.

3. Ó Tripura, nós cultuamos Você. Seu corpo é radiante com o esplendor de mil sóis ao amanhecer. Você tem em duas de Suas mãos um livro e um rosário de contas rudraksha. Suas outras duas mãos concede bênção e dissipa o medo. Seu rosto de lótus brilha com três olhos de lótus. Seu pescoço é lindo com um colar de rudrakshas.

Bhairavi Devi com seu Yantra

4. Ó Mãe, como poderia os ignorantes dúbios e contestáveis conhecer a Sua forma, que só pode ser alcançada através do mérito acumulado de um nascimento anterior, que é encantadora com a camada de vermelhão e que se inclina devido ao peso de Seus seios?

5. Ó Bhavani, os munis conhecem e descrevem a Sua forma física, o shruti conta Sua forma sutil, outros Lhe chamam de a deidade que governa a fala; ainda outros Lhe chamam de a Origem do universo. Sabemos que Você é o Oceano de misericórdia.

6. Devotos em seus corações meditam em Você como a Devi de três olhos com a lua crescente brilhante de outono. Sua matéria é constituída das cinquenta letras (do sânscrito) e, portanto, ela é chamada Matrakamayi. Ela segura em Suas mãos um livro, um rosário e um pote de amrita (néctar); Ela faz Seu gesto da instrução.
Varnamala - Girlanda de Letras

7. Ó Tripura, Sambhu está unido a Parvati. Vishnu está abraçado a Kamala. Brahma nasceu do lótus. Você é a divindade que governa e provem a fala. Você é a essência e a energia de todas as divindades.

8. Eu me refugiei em Seus quatro bhavas, Para e os demais (Pashyanti, Madyama e Vaikhari), provenientes de Vagbhava. Nunca vou me esquecer de Você no meu coração, a Suprema Devata que é Sat e Chit. Seu bhava, nas formas de letras, expressa na garganta e nos outros órgãos.

Caminho florido e os 4 bhavas de Bhairavi
9. A Abençoada conquista os seis inimigos (kama - luxúria, krodha - raiva, lobha - ganância, moha - ilusão, mada - orgulho e matsarya – inveja), e realiza a retenção da respiração na prática de pranayama, fixa o olhar deles na ponta do nariz com mente quieta e medita em Suas cabeças na Sua forma com coroa de lua, refulgente como o sol ao amanhecer.

10. Os Vedas afirmam que Você criou o mundo, ao tomar metade do corpo do inimigo de Kama (Shiva) e a metade é do sexo feminino (Parvati). É verdade, Ó Filha da montanha e a única Deusa Mãe do mundo, o universo diversificado não teria sido assim se não fosse (por Você)?

11. As mulheres siddhas, com os olhos vermelhos inebriadas de vinho, na companhia de kinnaras cultuam Você sentadas em seus santuários nas cavernas do Monte Sumeru com flores de árvores celestiais e cantam seus louvores.

Kinnaras
 12. Eu cultuo Você em meu coração, Devi cujo corpo ficou molhado com o néctar, que é linda como o esplendor do relâmpago e que faz desabrochar todas as flores lótus no lindo caminho que conduz do Seu lar para o de Shiva.

13. Ó Tripura, me refugio em Seus pés de lótus, a morada da Felicidade, a fonte dos Vedas e a origem da prosperidade, que Brahma, Vishnu e Maheshvara servem e adoram. Seu corpo é a Inteligência em si.

Bhairavi Devi
14. Ela é a doadora da felicidade, nunca irei me esquecer Dela. Ela é a Mãe. Ela, na forma da Lua, é a origem dos sons e significados. Ela, com o poder na forma do Sol, sustenta o mundo. Ela, na forma do Fogo, destrói o universo, no final das eras.

10 de julho de 2011

Chinnamasta

Ganapati muni,
Prachanda Chandika. 9-11,14

Chinnamasta ou Prachanda Chandika devi
                              Suas mãos não têm armas, Sua boca não tem face.
                              Ela tem olhos cegos, Mãe Prachanda Chandika

                              Sem mãos Ela executa, sem a mente Ela sabe,
                              sem olhos Ela vê, Mãe Prachanda Chandika.

                              Ela é a Suprema Mão da mão, a Maravilhosa Consciência da mente
                              o Olho que é a origem do olho, Mãe Prachanda Chandika.

                              Embora Sua cabeça esteja decapitada, Ela é o suporte da vida.
                              embora Ela é temida na aparência, Ela é a doadora da paz.
                              embora seja Virgem, Ela aumenta nosso vigor, 
                              Mãe Prachanda Chandika.