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26 dezembro 2019

As Mudras no Hatha Yoga

 
da Hatha Pradipika III.1 a 5
tradução adaptada por Flavia Venturoli Miranda
"... A kundali é o sustentáculo de
 todas as práticas de yoga.

Quando a kundali é acordada
todos os lótus e nós são perfurados.

O prana fui pelo caminho vazio
da trilha suprema. Assim, chitta
se torna independente.

Por isso, deve-se empenhar esforço total
através das práticas das mudras para
acordar Ishvari, que dorme com a
boca fechando a porta de Brahma.”

04 fevereiro 2012

Beleza no Mahavidya Yoga

de Flavia Venturoli de Miranda 
fevereiro/2012

O Mahavidya Yoga fica no bairro do Ipiranga que é famoso por sua beleza: museus, parque e ruas arborizadas.
Museu Paulista - Ipiranga
Sundari, a bela, é uma das deusas Mahavidyas (as deusas de grande sabedoria). Assim, a beleza harmoniosa também está presente no ambiente do Mahavidya Yoga através das artes plásticas e dos artesanatos. 
Mahavidya Lalita Tripura Sundari
Aqui a beleza nos envolve de maneira sutil trazendo uma atmosfera de serenidade e harmonia. Não é exatamente a tranquilização da mente, chitta prasadana, citado por Patanjali, mas de certo modo auxilia nesse objetivo.

Aqui vou apresentar alguns artesanatos que temos aqui. Na janela da entrada, o sino, cujos bons ventos dobram, embala o Om, e abaixo uma pequena estrela de contas lilás brilha.

 
Na janela da sala, uma estrela com sache de cravo ilumina e perfuma nosso dia sinestesicamente.


 O Om perfuma o sabonete!
 
O yantra Klim de cerâmica enfeita e protege nossa porta de entrada.

Klim yantra
 e  as placas de cerâmica dos bijas mantras dos chakras enfeitam a subida iluminada pelas velas perfumadas da escada que conduz às salas.
 
 A mesma ceramista, Miriane Zakir, também fez os yantras dos chakras da porta da sala de aula.

chakras yantras
Nossa sala de aula tem poucos estímulos visuais, para que não haja maiores distrações, desse modo os enfeites são ainda mais delicados e discretos.

Fiz um móvel com recortes de mandalas em pétalas, 

Altar Durga e  Kali
detalhe - paisley
 
cuja madeira é decorada por mandalas e 

 minúsculos paisleys e arabescos feitos com pirógrafo. 
Nos tijolos de madeiras também desenhei com o pirógrafo.
Depois mostrarei mais. 

A atenção que tivemos na decoração é apenas perfumaria, pois nosso real cuidado é com cada aluno.. Damos aulas para poucos em cada aula, desse modo também podemos dar atenção aos detalhes e as necessidades de cada um. Veja nossos horários de aulas.

Mahavidya Yoga
Rua Dona Leopoldina, 239
Metrô Alto do Ipiranga
Profª Silvia - celular 98364-2688
Profª Flávia - celular 98430-8509

26 novembro 2011

As Deusas Mahavidyas e a Sabedoria Feminina

Na palestra veremos as faces da feminilidade através de 10 deusas indianas, conhecidas como As Grandes Sábias, Mahavidyas. O poder, shakti, personificado em características complexas na mitologia de deusas, ora
belas e radiantes, ora terríveis e assustadoras, que abrangem as diferentes fases e humores da mulher. Desde
a adolescente Shodashi, passando pela madura Bhuvaneshvari e a idosa Dhumavati.
Aspectos complexos das devis independentes, acolhedoras, furiosas, sensuais, decadentes, que expressam as grandes forças cósmicas, contados através dos mitos e símbolos iconográficos de cada uma delas.

Palestrante: Flavia Venturoli Miranda

Yoga Para Todos
Professor Fernando Antonio Nogueira Wanderley

Casa Amarela Yoga
Rua Carlos Chagas, 69 - Aclimação
São Paulo SP
Próximo ao metro Paraiso

Dia 3 de dezembro de 2.011 - das 15h as 17h.

Maiores Informações e Reservas
Tel. (11) 3938.8816 e 9726.8816
circozen@yahoo.com.br
casaamarelayoga.blogspot.com

18 novembro 2011

Halasana

Postura do Arado
halasana  [halAsana] - postura do arado
hala [hala] - arado
de Flavia Venturoli de Miranda
2011
O arado é um instrumento agrícola que serve para revolver e sulcar a terra, que fica fofa, arejada e ensolarada. O solo, assim rasgado pelo arado, facilita o enraizamento da semente e a irrigação.
Sua invenção tem a data estimada em 6.000 aC e talvez tenha se dado na civilização do Vale do Indus.
Arado manual
O arado é uma das ferramentas mais marcantes da humanidade, pois graça a sua invenção começou haver excedente de alimentos e a população humana disparou em crescimento, formando cidades e iniciando o comércio. É um símbolo da mudança do homem nômade, caçador-coletor, para o sedentário, agricultor e pecuarista. A domesticação de animal da pecuária trouxe o incremento da aração por tração animal.

Arado de tração com bufalos
A relevância do arado na mitologia da Índia podem ser podem ser vista nas lendas da Sita [sItA], esposa do deus Rama [rAma] e de Balarama [balarAma], irmão do deus Krishna [kRRiSNa].
Os irmãos Krishna e Balarama
 Sita brota da terra sulcada pelo arado do rei Janaka [ ] quando fazia um ritual para ter um filho. Ela foi adotada por ele e por sua esposa  Sunayana [ ]. Por este motivo, Sita está associada a Bhumi Devi [bhUmI devI], a deusa da terra e é a protetora da agricultura. Sita é uma avatara de Lakshmi [lakSmI avatAra], a deusa da prosperidade, é esposa do deus Rama, que é o 7º avatar de Vishnu [viSNu]. Ela é o símbolo da feminilidade e da esposa fiel. Sua história é contada no épico Ramayana [rAmAyaNa].
Janaka encontra Sita ao sulcar a terra com o arado
Balarama é o irmão mais velho do deus Krishna (8º avatar de Vishnu). Outro nome para ele é Halayudha [halAyudha], aquele que porta o arado como arma. Conta a lenda que a deusa rio Yamuna [yamunA] desacatou um comando de Balarama, que furioso usou sua arma arado, hala, e abriu vários braços afluentes para o rio, dragando e desviando o curso da água, irrigando uma grande área do norte da Índia.
Balarama draga o rio Yamnuna criando afluentes
Yamuna percebendo sua negligência perante a esse deus tão poderoso, pediu desculpas e o referenciou. A partir de então, Balarama é reverenciado nos vários tributários do rio Yamuna. 

Yamuna pede desculpa a Balarama
Essa região altamente irrigada, parte da planície gangética é tão próspera que foi berço que grandes dinastias e impérios da Índia.
tributários do rio Yamuna
 Assim, podemos associar o arado ferramenta e arma de prosperidade com a postura do arado, halasana, como uma maneira de tornarmos prósperos. O arado é uma arma porque sua lança fende, fere a terra e de forma lancinante prepara, revolve, irriga e lavra o cultivo. De tal modo ao cultivamos nossa prosperidade com a prática da postura do arado.

O halasana é um viparita [viparIta], uma postura invertida, como tal, não desperdiçar o amrita [amRRita], a imortalidade. Fisiologicamente, nessa postura trabalha-se fortemente com o alongamento das colunas cervical e torácica. Facilita a circulação venosa das pernas e aumenta a irrigação cerebral. Por isso mesmo deve ser alcançada paulatinamente e com cautela. É contra-indicada para pessoas com glaucoma ou que estão passando por cefaléia ou aumento da pressão sanguínea.

Variações:
Halasana na parede, quando se inicia a postura em viparita, ou no final para apoiar os pés na parede.

Há muitas variações com os braços:
com as mãos apoiadas nas costelas posteriores;
com os braços pelas costas apoiados no chão com os dedos entrelaçados;
os braços esticados acima da cabeça, segurando os dedos dos pés – urdhva pashchimottanasana [Urdhva pashcimottanAsana]
abraçando as coxas.

halasana variações com uma perna no chão e outra apontado para o alto, ekapada sarvangasana [ekapAda sarvA~ngAsana]

com torção como parshva halasana [pArshva halAsana], quando as duas pernas viram para um dos lados.
com as pernas afastadas em urdhva kona halasana [UrdhvakoNahalAsana]
 

Fonte:
halasana [halAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar
parshva halasana [pArshva halAsana] -
Light on Yoga – B.K.S. Iyengar
urdhva pashchimottanasana [Urdhva pashcimottanAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar

akunchanasana [Aku~ncanAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar

karnapidasana [karNapIdAsana] - Light on Yoga – B.K.S. Iyengar

Fontes históricas:
Segundo Encyclopaedia of Traditional Asanas – Dr. Gharote – Lonavla

01 outubro 2011

Prece à Divina Mãe



Prece à Mãe Divina
Craig Pruess e Ananda
01/10/2011

Devi Prayer

do Album Sacred Chants of Devi - 108 Sacred Names of Mother Divine

Prece a Deusa

"Devi Prayer" do album Sacred Chants of Devi - 108 Sacred Names of Mother Divine" de Craig Pruess e Ananda

Ma Amba Lalita Devi

Parashakti Sundari

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Mahamaye Mangale

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Mahakali Bhairavi

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Mahalakshmi Vaishnavi

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Ma Sarasvati Brahmi

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Durga Devi Shankari

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Uma Parvati Shive

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Ma Bhavani Ambike

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Annapurna Lakshmi Ma

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Kamala Katyayani

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

 

Ma Amba Lalita Devi

Tvam Tripura Sundari

namastasyai namastasyai namastasya namo namah

26 julho 2011

Kamala Dhyanam



compositor: Muthuswami Dikshitar

Kamala Mahavidya
Kamalambika,
Você é a envolvente realizadora dos desejos que protege aqueles que se abrigam em você.
É a forma de Chandika, uma dos aspectos das 10 shaktis conhecidas como Dasha Mahavidya.
Você usa a bela roupa vermelha, representando rajoguna, necessário para as atividades do mundo.
Você segura o papagaio em sua mão, assegurando assim aos devotos que você vai destruir a ignorância.
Peço que me proteja.

Brahma (kamalasana) e os outros deuses adoram Seus pés de lótus (kamala pada).
Você concede muitas bênçãos.
Mora em toda a sua grandeza no Tirtha Kamalaya e ali outorga glória incomparável.
Você é sempre Benevolente (shiva) e é o Oceano de Compaixão.
Você é a Governante do Universo .
Você tem a forma da Melodia na Música. Concede habilidades poéticas.
Você é a Bela (Sundari) que causa ilusão, mas que não é iludida.
Você remove o terrível erro humano, de se identificar com seu corpo, concedendo, assim, videha mukti.
Você é a Única de quem os elementos dão início, o akasha e os demais emanam.
Seus graciosos pés, que concedem a Felicidade Suprema, são maravilhosos e indescritíveis.
Você brilha em vermelho.
Você é a Única de onde todos se manifestam em todos os graus de poder do menor para o maior.
Você é o instrumental que dá forma ao guru secreto.
Você é a forma interior de Sada Shiva, pois, realmente, é a própria Verdade Suprema,
Você é a própria personificação das 50 letras que formam a raiz de todos os mantras.
Você é a Única que é Ilimitada, Indivisível, Néctar perene.
Oh, Mãe do Universo, peço que me proteja!


24 julho 2011

Matangi


Shyamaladandakam 1-4

Matangi Devi

                              Tocando uma vina cravejada de rubi, em êxtase,
                              desfruta de uma fala doce,
                              desse modo, lembro da filha do sábio Matanga,
                              que tem o corpo tenro com cor de esmeralda escura.

                              Tem 4 braços, usa uma lua crescente como jóia,
                              com seios firmes untados com o pó vermelho do kumkum,
                              carrega um arco de cana-de-açúcar, um laço,
                              um gancho e fechas de flores em sua mão,
                              eu saúdo aquela que é a Mãe do Universo.

                              Mãe cor de esmeralda escura, Matangi,
                              abundante na alegria e auspiciosa,
                              deixa seu olhar cair sobre nós,
                              você que vive na floresta de êxtase.

                              Vitória para filha do sábio Matanga,
                              que tem a cor de um lótus azul escuro,
                              vitória para o néctar de todas as músicas,
                              vitória para ela que ama o papagaio brincalhão

16 julho 2011

Bagalamukhi

Ganapati muni,
Uma Sahasram 38.17
 
Bagalamukhi Devi

                                                            Ó Mãe, o poder de parar todas as coisas
                                                            do microcosmo e do macrocosmo,
                                                            é seu singular grande poder como Bagala.

15 julho 2011

Dhumavati

Ganapati muni,
Uma Sahasram 38. 13-14

Dhumavati Devi

                              Percebida como vácuo, como forma dissolvida da consciência,
                              quando todos os seres são dissolvidos no sono do supremo Brahman,
                              após engolir o universo inteiro,
                              os Rshis chamam-na de Dhumavati, a mais gloriosa e mais idosa.

                              Ela existe na forma do sono, da falta de memória, da ilusão e da demência
                              nas criaturas imersas na ilusão do mundo,
                              mas entre os yogis, ela se torna o poder de destruir todos os pensamentos,
                              de fato, o ela é o próprio samadhi.

13 julho 2011

Bhairavi Stotra


Hino à Bhairavi

Postado por Yogendra Nath Yogi

Bhairavi Devi
1. Eu cultuo Você, ó Tripura, para receber o fruto de meus desejos. Cantando hinos, os homens alcançam Lakshmi que é o objeto do culto dos devas.

2. Você é a origem do mundo e, ainda assim, Você mesmo não tem origem, apesar de existirem cem hinos em Sua honra. Mesmo Brahma, Vishnu e Maheshvara não sabem que você é a Mãe de todos os shastras. Nós veneramos Seus seios brilhantes untados com açafrão.

3. Ó Tripura, nós cultuamos Você. Seu corpo é radiante com o esplendor de mil sóis ao amanhecer. Você tem em duas de Suas mãos um livro e um rosário de contas rudraksha. Suas outras duas mãos concede bênção e dissipa o medo. Seu rosto de lótus brilha com três olhos de lótus. Seu pescoço é lindo com um colar de rudrakshas.

Bhairavi Devi com seu Yantra

4. Ó Mãe, como poderia os ignorantes dúbios e contestáveis conhecer a Sua forma, que só pode ser alcançada através do mérito acumulado de um nascimento anterior, que é encantadora com a camada de vermelhão e que se inclina devido ao peso de Seus seios?

5. Ó Bhavani, os munis conhecem e descrevem a Sua forma física, o shruti conta Sua forma sutil, outros Lhe chamam de a deidade que governa a fala; ainda outros Lhe chamam de a Origem do universo. Sabemos que Você é o Oceano de misericórdia.

6. Devotos em seus corações meditam em Você como a Devi de três olhos com a lua crescente brilhante de outono. Sua matéria é constituída das cinquenta letras (do sânscrito) e, portanto, ela é chamada Matrakamayi. Ela segura em Suas mãos um livro, um rosário e um pote de amrita (néctar); Ela faz Seu gesto da instrução.
Varnamala - Girlanda de Letras

7. Ó Tripura, Sambhu está unido a Parvati. Vishnu está abraçado a Kamala. Brahma nasceu do lótus. Você é a divindade que governa e provem a fala. Você é a essência e a energia de todas as divindades.

8. Eu me refugiei em Seus quatro bhavas, Para e os demais (Pashyanti, Madyama e Vaikhari), provenientes de Vagbhava. Nunca vou me esquecer de Você no meu coração, a Suprema Devata que é Sat e Chit. Seu bhava, nas formas de letras, expressa na garganta e nos outros órgãos.

Caminho florido e os 4 bhavas de Bhairavi
9. A Abençoada conquista os seis inimigos (kama - luxúria, krodha - raiva, lobha - ganância, moha - ilusão, mada - orgulho e matsarya – inveja), e realiza a retenção da respiração na prática de pranayama, fixa o olhar deles na ponta do nariz com mente quieta e medita em Suas cabeças na Sua forma com coroa de lua, refulgente como o sol ao amanhecer.

10. Os Vedas afirmam que Você criou o mundo, ao tomar metade do corpo do inimigo de Kama (Shiva) e a metade é do sexo feminino (Parvati). É verdade, Ó Filha da montanha e a única Deusa Mãe do mundo, o universo diversificado não teria sido assim se não fosse (por Você)?

11. As mulheres siddhas, com os olhos vermelhos inebriadas de vinho, na companhia de kinnaras cultuam Você sentadas em seus santuários nas cavernas do Monte Sumeru com flores de árvores celestiais e cantam seus louvores.

Kinnaras
 12. Eu cultuo Você em meu coração, Devi cujo corpo ficou molhado com o néctar, que é linda como o esplendor do relâmpago e que faz desabrochar todas as flores lótus no lindo caminho que conduz do Seu lar para o de Shiva.

13. Ó Tripura, me refugio em Seus pés de lótus, a morada da Felicidade, a fonte dos Vedas e a origem da prosperidade, que Brahma, Vishnu e Maheshvara servem e adoram. Seu corpo é a Inteligência em si.

Bhairavi Devi
14. Ela é a doadora da felicidade, nunca irei me esquecer Dela. Ela é a Mãe. Ela, na forma da Lua, é a origem dos sons e significados. Ela, com o poder na forma do Sol, sustenta o mundo. Ela, na forma do Fogo, destrói o universo, no final das eras.