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11 outubro 2015

Ave Kali

Kali by Brolo
Ave Kali ,
Cheia de ananda,
Mahadeva é convosco,
Bendito sois Vós entre as devis
Bendito seja o phala de Vossa yoni
Shri Kali, grande mãe,
Rogai por nós,
Agora e sempre.
Jaya Kali Ma

Hail Kali,
Full of Ananda,
Mahadeva is with Thee.
Blessed art Thou among the devis,
And blessed is the phala
Of thy yoni,
Shri Kali,
Great Mother,
Pray for us
Now and always
Jaya Kali Ma

04 janeiro 2012

Kapalasana


Postura do Crânio
[kapAlAsana]
de Flavia Venturoli Miranda
2008

 kapala [kapAla] – crânio, vaso de oferenda
Crânio
modelagem de Aline Leles
Kapala, vaso de oferenda
 O crânio, na maioria das culturas, representa a morte, o fim da existência corpórea. A inexorabilidade da morte é fator de medo, angustia e reflexões. Não à-toa Shakespeare filosofa em Hamlet que segura um crânio e diz: “To be or not to be. That is the question.” 
Hamlet: To be or not to be.
Na Índia, os kapalikas [kApAlika], uma seita ascética tântrica [tAntrika], cultuam Shiva Kapali [shiva kapAli] como o transformador radical de morte e renascimento. Suas práticas de tapas [tapas] são bastante radicais e visam lidar com equanimidade as abjeções da manifestação, por isso, as vezes, moram e meditam em cemitérios. Não raramente usam crânios como suporte para seus alimentos. Assim como faziam os vikings, ao usarem como canecas.
Kapalika - Aghor

O crânio como receptáculo do encéfalo, também remete a morada da mente, do intelecto e da noção de eu, o que no Samkhya [sAMkhya] é chamado de órgãos internos, antahkarana [antaHkaraNa]. A deusa Kali [kAlI] usa uma girlanda de cabeças, ou de crânios que representam as ignorâncias estirpadas.
Kali e seu kapalamala
Antropologicamente, há quem diga que o fato de evoluirmos de quadrúpede para bípede, elevou nossa cabeça a um outro plano de percepção. Que as necessidades das savanas, nos obrigaram a olhar mais longe, culminando na escolha dos mais aptos para a sobrevivência nessa nova realidade. Esse mudança estrutural do corpo, permitiu um aumento da capacidade encefálica, possibilitou uma nova acomodação das cordas vocais (permitindo a linguagem falada), e principalmente libertou, nossas principias ferramentas de linguagem e de transformação do mundo, as mãos. 

 A posição privilegiada do encéfalo e o aumento do intelecto, tornou, contudo, a espécie mais prepotente. Costumamos dizer que “o sucesso subiu pra cabeça”, que fulano “está com a cabeça erguida”, que sicrano “não abaixa a crista por nada”. 

namaskara

O ato de curvar-se em saudação, namaskara [namaskAra], é um ato de humildade. A postura, cujo crânio toca o solo, é um treino de humildade, de diminuição da arrogância intelectual. O altivo crânio toca o mundano chão. Isso o põe numa dimensão mais humana e temporal, o que leva (a meu ver) a reflexão sobre a duração da existência, por isso é comum também o medo nessa postura. 
Ser humilde e mortal provoca medo e é um bom trabalho buscar o equilíbrio para ambos, a kapalasana pode ser uma opção para esse trabalho. 


 
 Importante:
Segundo Desikachar, é essencial que o yoga seja adaptado a cada um, viniyoga
(yoga sUtra III.6). Para isso é importante, que para essa postura, que lida com aflições primordiais como medo da morte, abhinivesha [abhinivesha] (yoga sUtra II.9), seja respeitado não só a preparação física de fortalecimento de músculos, mas também a preparação psicológica para alcançar tal postura. 

Variações:
Iyengar chama essa postura de shalambashirshasana
II [sAlamba shIrSAsana] – a postura do suporte sobre a cabeça e faz parte de um ciclo de posturas com o apoio sobre a cabeça, com inúmeras variações.

Na tradição do Yoga Narayana, costumamos treinar primeiramente com a postura chamada de delfim onde a posição da cabeça e das mãos são as mesmas dessa versão, mas não se retira o pés do solo. Apenas, se caminha em direção a cabeça, se retifica a coluna e assim se permanece. Depois se pode treinar próximo a parede para ganhar confiança, que na hora do equilíbrio serve de apoio. Há também a versão da kapalasana, cujo joelhos se apóiam sobre os braços, quando essa está dominada, completa-se a postura elevando as pernas. 

Conforme a tradição, apóia-se a mão de uma maneira: uns deixam mãos de forma que os dedos apontam para a cabeça, outros são os punhos que apontam para cabeça, outros ainda os punhos apontam para cabeça mas as mãos são voltadas para fora. 
 
Fonte: salambashirshasana [sAlamba shIrSAsana]
- Light on Yoga – B.K.S. Iyengar
- Coração do Yoga – T.K.V. Desikachar – Jaboticaba Fonte histórica:

Segundo a Encyclopaedia of Tradicional Asanas – Dr. M. L. Gharote – Lonavla, kapalasana
[kapalAsana] com as pernas elevadas e kuhi asana [kuhI Asana], cujas canelas os apóiam ao longo dos braços, aparecem num manuscrito do haThapradIpikA ou siddhAnta muktAvalI II.158 e II.129 respectivamente

25 junho 2011

Kali Ma


Mahavidya Kali

Onde quer que haja uma mulher em qualquer casa
fazendo seu trabalho
escondendo seus sorrisos com o véu,
ela é Você, Ma,
ela é Você, Deusa Negra.
foto de Rajesh Kumar Singh
Acordando cuidadosamente com a luz do amanhecer
atenta com mãos macias para as tarefas domésticas,
ela é Você, Ma,
ela é Você, Deusa Negra.


A mulher queesmolas, faz votos,
faz adoração, escrituras
tudo corretamente e com um sorriso,
que drapeja seu sari em cima da criança no seu colo
acalmando sua fome com uma canção de ninar,
ela é Você, Ma,
ela é Você, Deusa Negra.



Ela não pode ser mais ninguém;
Mãe, irmã, esposa,
todas são Você

Mahakali

12 outubro 2009

Mahavidya Yantra

Aqui estão os yantra-s das 10 devi-s. As 10 Mahavidya-s.


Hoje o Mahavidya Yoga comemora 3 anos de atividade.
Obrigada às todas Grandes Sábias!
À todas as deusas desde suas formas mais belas, graciosas e pueris,
passando pela prosperas, abundanetes e maduras,
até as deusas mais ferozes, assustadoras e idosas.
Da minha pequena sobrinha Clara,
passando pela minha irmã Fernanda
a minha mãe, cujo o nome é da deusa da sabedoria romana.
À todas as formas divinamente femininas:
à todas facetas de Nossas Senhoras,
às deusas do candomblé,
às deusas gregas e às romanas.
Às minhas amigas, às minha alunas, ás minhas tias e primas.
À todas as Grandes Sábias,
obrigada!