Postura de alongamento
uttana– alongamento
de Flavia Venturoli Miranda
fevereiro/2013
Asana de flexão da articulação do quadril (coxa-femural) que
no seu máximo as mãos se apóiam no solo e a cabeça se
encaixa entre as canelas. Neste nível há um
amplo alongamento da parte posterior das panturrilhas, joelhos e coxas, como
também das costas. Pela posição, os órgãos abdominais são massageados pela
compressão abdominal, o que ajuda no movimento peristáltico e eliminação dos
gases. Combate as dores lombares e evita a inflamação do nervo ciático, já que
a coluna é alinhada e descomprimida. Lubrifica as articulações vertebrais e do
quadril. O aumento de irrigação na cabeça prepara para as posturas inversas.
Devido à má postura, sedentarismo, longas horas sentado, a
musculatura posterior do corpo encurta, ocasionando dores lombares e rigidez
articular, dificultando a realização desse asana. Assim há inúmeras variações
mais acessíveis que trazem os mesmos benefícios apenas em menor intensidade.
Como há também a variações de alta complexidade e dificuldade.
A partir de
tadasana, ou seja, com o corpo ereto e dobra o
corpo à frente. Inclina-se o tronco ereto a frente, inicialmente, o ângulo de
execução pode ser de 90º apoiando (ou não) as mãos na parede ou em algum móvel
(
ardha uttanasana).
Ao atingir conforto lombar e da musculatura da perna vai-se
aproximando o tronco da coxa. Aqui pode-se parar segurando as coxas, ou pernas,
ou apoiando as mãos em um banco ou blocos, ou até tocar o solo (
uttanasana).
Isso requer prática contínua, gradativa, por longo tempo, porém em todos os
níveis traz benefícios importantes.
O trabalho do
Hatha Yoga é a purificação da sushumna nadi, o
canal de dentro da coluna, portanto é importante que a ênfase dos asanas seja
em alongar a coluna. Se para manter o alongamento da coluna nesta postura for
necessário fletir levemente os joelhos (
ardha uttanasana, meia postura de
alongamento), isso deve ser feito. Aos poucos será possível manter retificados
ambos: coluna e pernas. A saúde da coluna é preferencial, por isso
primeiramente deve-se alongá-la e fortalecê-la. Posteriormente (ou
concomitantemente) se busca o alongamento dos demais membros.
Variações:
Faz-se com todos os tipos imagináveis de posição de braços e
mãos. Inicia-se com os braços para cima (mãos separadas, unidas,
dedos entrelaçados, palmas para o alto ou mãos nas escápulas, etc.). Pode-se
iniciar com os braços soltos e ir deslizando o tronco para baixo. Outras
variações dos membros superiores são mãos em prece em frente do peito ou nas
costas (
niralamba uttanasana, postura de alongamento sem suporte).
Dedos
entrelaçados com os braços esticados para traz. Braços abertos (
khagasana,
postura do pássaro).
Na posição final, as mãos podem apoiar na parede (numa mesa
ou cadeira), mantendo a coluna paralela ao solo.
Pode-se apoiar as mãos nas coxas, ou nas pernas, ou no peito
dos pés. Pode-se segurar o dedão dos pés (padangustasana, postura do dedão do
pé).
Pode-se apoiar o dorso das mãos no chão e pisá-las
(padahastasana, postura da mão nos pés).
Pode-se por as mãos no solo à frente dos pés (
meru-asana),
ao lado ou para atrás dos pés (
uttanasana). Pode-se segurar as panturrilhas, ou
segurar o punho por detrás das panturrilhas. Pode-se segurar os tornozelos.
Há variações incríveis em que a cabeça passa por entre as
pernas, por vezes os ombros passam por entre as pernas Pode-se fazer a postura com torção.
Fontes: